tag:blogger.com,1999:blog-223998992024-03-07T22:59:28.249+00:00No Cinema com KinoEstes são os meus filmes para ti. Os de que me pedes opinião e os que gostaria que visses. Filmes deste e doutros tempos. Os que agora consideramos bons ou maus, pois só há esses 2 tipos. Vê, por exemplo, filmes de Kubrick como Spartacus e Lolita e compara. Revê filmes amaldiçoados, como A King in New York ou Monsieur Verdoux, de Chaplin, e opina. Vê Aurora, de Murnau. Compara o Cat People, de Tourneur (1942) com o de Schrader: 1982! O tempo, esse sim, é o verdadeiro escultor.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-72857595486188545982009-06-04T21:35:00.002+00:002009-06-04T22:15:02.436+00:00Cadê o cinemaNão sei se é do cinema ou de mim, talvez esta hipótese seja a mais certa, mas a verdade é que o cinema começa àborrecer-me. Parece que quanto mais se vê menos há para ver como acontece com todas as formas de arte: a literatura é outro caso flagrante. Os monstros sagrados foram-se e agora patinha-se nos escombros a ver se sai alguma coisa, mas apenas se vislumbram seres ainda informes que parecem coisas e talvez sejam o princípio de algo novo. Estas fases pastosas, quandos as formas e os conteúdos se esgotam, o que em tempos se chamou gongorismo, são penosas, mas são também o cad/cam/inho da ressurreição. Respeito, e estou atento aos sinais, mas confesso que me vai faltando a pachorra. Aturem-nos vocês; eu vou continuar a ver e a rever os meus velhinhos e espreitar as promessas. Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-15676266304271466182008-01-31T18:49:00.000+00:002008-01-31T18:49:36.135+00:00No Cinema com Kino: Gone, baby, gone<a href="http://kinoparadiso.blogspot.com/2008/01/gone-baby-gone.html#links">No Cinema com Kino: Gone, baby, gone</a>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-49386457964841251222008-01-31T16:18:00.000+00:002008-12-10T23:22:07.234+00:00Gone, baby, gone<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/R6H3X76o-EI/AAAAAAAAAGI/l5zsQB2fmHs/s1600-h/Gone_Baby_Goneblog.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 173px; height: 278px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/R6H3X76o-EI/AAAAAAAAAGI/l5zsQB2fmHs/s400/Gone_Baby_Goneblog.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5161678638535997506" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/R6H4-b6o-FI/AAAAAAAAAGQ/lns_6qCcw0A/s1600-h/BabyGoneBabyTheBook.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 166px; height: 272px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/R6H4-b6o-FI/AAAAAAAAAGQ/lns_6qCcw0A/s400/BabyGoneBabyTheBook.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5161680399472588882" border="0" /></a>Tenho estranhado o retardar da estreia deste filme em Portugal, mas já encontrei explicação. As minhas suspeitas confirmaram-se na notícia do Sol de 13 de Setembro de 2007!: <span style="font-style: italic;">A estreia de </span><strong style="font-style: italic;">Gone Baby Gone</strong><span style="font-style: italic;">, realizado por Ben Affleck, foi adiada no Reino Unido devido às semelhanças com o desaoarecimento de Madeleine McCann</span>. Estamos a 31 de Janeiro de 2008! Pelo menos em Portugal, o adiamento continua. Estranho...pesado silêncio. Conivência? -Nem pensar!: coincidência! Subserviência? -Nem pensar!; coincidência.<br />O culpado de tudo foi quem apresentou D. Filipa de Lencastre a D. João I.<br /><br />Gostei tanto do livro de Dennis Lehane, de quem li tudo em português, à excepção de Mystic River do qual apenas vi o magnífico filme de Clint Eastwood. Por isso estava com grande curiosidade em vê-lo. E já o vi... infelizmente! O argumento da correponsabilidade do realizador e de Aaron Stockard é um desastre. Eu sei que num filme não pode caber tudo o que um livro contém, mas pelo menos o clima e a respiração deve lá estar. Não basta o achado de Michelle Monagaham: belíissima, discreta, sensível e inteligente, o retrato exacto que Lehane faz de Angela Genaro. Não basta Morgan Freeman, não basta a histeria de Amy Madigan (a tia de Amanda, a miuda desaparecida). Ao dectective Broussard, mal empregado actor, retiraram a corte incomodativa a Angie. Não basta Amy Ryan, a mãe de Amanda. Não basta ter arranjado uma sóziazita de Maddie. Um filme requer tempo. Tempo não quer dizer que se tenha de fazer um filme longo; quer dizer que se devem dar às cenas o tempo que a caracterização das personagens e das situações requerem. Não é condensá-las e atá-las como chouriços e "toma lá! A trama conta-se em poucas palavras: um casal de detectives é enredado num caso de rapto e conduzido, através de pistas viciadas, por personagens com interesses, ora antagónicos ora coincidentes, a sucessivas armadilhas a que com maiores ou menores danos e dificuldades vão sobrevivendo e daí, e de outros acaso, tiram as pistas para reolverem o enigma. Um bom argumento requer um fio condutor sólido. Quando não existe , sobra para a conversa. No cinema americano que nos inunda isso é prática corrente. Em resumo: leiam o livro e esqueçam o filme...quando ele estrear e sua Majestade Britânica autorizar.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-30861183834897758222008-01-10T21:15:00.000+00:002008-12-10T23:22:07.605+00:00Duelo no Missouri / The Missouri Breaks<a href="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/R4aLmq-SieI/AAAAAAAAAFg/_K8vccbmB4k/s1600-h/MissouriBreaksThe.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5153960320058952162" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 288px; CURSOR: hand; HEIGHT: 316px" height="400" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/R4aLmq-SieI/AAAAAAAAAFg/_K8vccbmB4k/s400/MissouriBreaksThe.jpg" width="339" border="0" /></a><strong>THE BEST WESTERN EVER SEEN!</strong><br /><br />Será possível que não exista neste país, NEM IMPORTADO! este filme? É verdade e é triste.<br /><br />Não sei porque esperam os senhores editores, sempre tão apressados em pôr cá fora a última chachada, em editar este best.<br /><br />Bem pode o Eastwood fazer um <em>remake</em> sub-reptício do Shane chamado Pale Rider que nunca lhe chegará aos calcanhares. E onde está o Mc Cabe and Misses Miller de Robert Altman. Vá, Senhores, façam alguma coisa de útil...Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-61036287369132086822007-09-09T23:13:00.000+00:002008-12-10T23:22:07.763+00:00Voltar a La Strada<a href="http://4.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/RuR_MVZYseI/AAAAAAAAAE4/3gcNvcm3g3s/s1600-h/LaStrada.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108347727223763426" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/RuR_MVZYseI/AAAAAAAAAE4/3gcNvcm3g3s/s400/LaStrada.jpg" border="0" /></a> Nestes tempos de chumbo, em que o cinema que nos chega nos convida antes a rever velho cinema e a ver ou a rever aquele, o mítico, o que nunca vimos ou de que sempre ouvimos falar e nunca tivemos oportunida de ver. É preferível, pensei, ver do bom, mesmo velhinho, a enfiar-me em salas fastfood a rever remakes inúteis ou fast-filmes ensurdecedores (rais-partam os surrounds e afins), tesouradas a esmo, efeitos especiais do caraças, gandas actores à mistura, é verdade - tão bons que nos perguntamos, "mas o que faz este gajo/a nesta merda de filme?" - argumentos esfalfados mais vírgula menos vírgula, daqueles que depois de 1/2 dúzia de planos já sabemos como acabam e até prevemos onde o argumentista vai meter uma variaçãozita para dar ares de originalidade.<br /><br />Durante décadas entendeu-se que o bom cinema tinha a ver com um bom argumento, bem cerzido e surpreendente, bons actores, bem dirigidos, boa fotografia, efeitos e banda sonora adequada. A imaginação e a criatividade, o experimentalismo de todos os artifices girava em torno disto e em torno disto evoluiu esse cinema. Tudo ao serviço de uma ideia. Claro que, à mistura, se produzia muita babugem pesadona com orçamentos elefantinos que nada de novo acrescentava; servia apenas para sustentar o star-system e engordar as grandes produtoras.<br /><br />Hoje parece estarmos perante um novo paradigma: o novo riquismo, a variedade e a velocidade de mutação tecnológica constituem o eixo à roda do qual se estrutura o modus faciendi dos filmes. O que era um acessório passou a essencial. Por exemplo, há filmes em que a câmara bêbeda não é um meio; é um fim. E o mesmo com o som e os efeitos especiais, os cenários, o vestuário, et. O gongorismo impera, embora não seja um mau presságio, pois estas fases rebuscadas sabemos que são passageiras e cíclicas após longos períodos de evolução. Digamos que é uma espécie de pousio antes de o ciclo vegetatativo se recompor e retomar o curso normal. Só que teve de acontecer comigo, caramba!<br />Por isso ver esta maravilha, onde tudo o que interessa é o que se passa no rectângulo mágico, com Gesolmina, Zampanò, Il Matto, os seus sentimentos e gestos, as relações entre eles e o mundo que os cerca, como olham e são olhados. Há um final, claro, mas há um gozo raro em cada plano, movimento, sequência. Há filmes, cada vez mais infelizmente, em que o único interesse é saber como acabam. Mas neste, como em todos os bons filmes, isso é o que menos interessa. E mais; e um aviso: quem viu o 8 e1/2 reveja La Strada e reveja depois o 8 e1/2...Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-47520025625093988692007-03-14T22:35:00.000+00:002008-12-10T23:22:08.021+00:00El Embrujo de Shangai: o feitiço do cinema<a href="http://4.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rfh70LxdcUI/AAAAAAAAACA/WJMWrdXAUUo/s1600-h/fernandoFernánGomez.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5041915919284924738" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 160px; CURSOR: hand; HEIGHT: 211px" height="211" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rfh70LxdcUI/AAAAAAAAACA/WJMWrdXAUUo/s400/fernandoFern%C3%A1nGomez.jpg" width="170" border="0" /></a><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rfh6BrxdcTI/AAAAAAAAAB4/dd0pZiLk8yg/s1600-h/ElEmbrujoDeXangai.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5041913952189903154" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 152px; CURSOR: hand; HEIGHT: 207px" height="196" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rfh6BrxdcTI/AAAAAAAAAB4/dd0pZiLk8yg/s400/ElEmbrujoDeXangai.jpg" width="152" border="0" /></a>Eu já tinha lido o belíssimo livro de Juan Marsé, de quem recordo também Ultimas tardes com Teresa e Si te dicen que caí (Canções de Amor em Lolita’s Club está por pouco), e quando encontrei o filme de Fernando Trueba num videoclube corri para casa a vê-lo. </div><div>Fernando Fernán Gomez, que já conhecia de outros filmes, encarna o Capitão Blay até à medula. O velho anarquista que sai do esconderijo pela porta do armário, vai para a rua de roupão e cabeça enfaixada, mija às claras e sem pressa na rua e compra o jornal franquista só pelo prazer de queimá-lo, terá doravante para mim, sempre o nome de Fernando Fernán Gomez. E um filme onde a realidade e o sonho/desejo se canibalizam sem se destruírem pois só assim sobrevivem, é um filme sobre crescimento, morte, persistência e ausência, chegadas e partidas de um lugar real para lugares míticos. E um filme que nos remexe por dentro como se remexe a massa do pão na maceira. E inesquecível.</div><div> </div><div>Nesta entrevista com Fernando Fernán Gomez, que poderão ler no site aqui vos deixo, pode perceber-se como o actor conseguiu o milagre da cozedura preparada por Fernando Trueba. </div><div><a href="http://www.elmundo.es/magazine/num206/textos/fernando1.html">http://www.elmundo.es/magazine/num206/textos/fernando1.html</a></div>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-36852576817266579892007-02-27T22:56:00.000+00:002008-12-10T23:22:08.210+00:00O Homem do Rickshaw. Japão 1958, apenas 13 anos após a rendição<a href="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/ReS5gJxubmI/AAAAAAAAABk/PyLy-Za30rI/s1600-h/HomemdoRikshaw.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036354245338492514" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/ReS5gJxubmI/AAAAAAAAABk/PyLy-Za30rI/s400/HomemdoRikshaw.jpg" border="0" /></a> De Hiroshi Inagaki com o enorme Toshiro Mifune. Com este filme aprendi que qualquer momento pode ser o momento de toda a nossa vida. Tal como o pobre homem que revê à hora da morte, através da raios da roda do rickshaw que toda a vida empurrou, deslizarem num flash back cada vez mais vertiginoso até ao ralenti final todos os momentos da sua existência, por várias vezes eu me imaginei chegado à hora suprema para desse modo tentar rever memórias esquecidas. Até agora isso nunca funcionou, mas um dia, e se tempo me for concedido, espero aconteça...Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-92120895618781447552007-02-22T22:10:00.000+00:002008-12-10T23:22:09.154+00:00A propósito de BABEL: Iñarritu irrita os críticos<a href="http://2.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rd4TobqoRoI/AAAAAAAAABQ/KDxAQcYujvU/s1600-h/Cdr_Perry.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5034483018789045890" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rd4TobqoRoI/AAAAAAAAABQ/KDxAQcYujvU/s200/Cdr_Perry.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rd34SrqoRmI/AAAAAAAAABA/auwVnwuqfS0/s1600-h/Babel.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5034452958312941154" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rd34SrqoRmI/AAAAAAAAABA/auwVnwuqfS0/s320/Babel.bmp" border="0" /></a> <span style="font-size:85%;">Os críticos de cinema do<span style="font-size:180%;"><strong> P</strong></span>, num gesto de solidariedade admirável, resolveram, por unanimidade e aclamação, solidarizar-se com a administração Bush e declararam Babel ferido de antiamericanismo primário. Até aqui, tudo bem, cada um acha o que lhe dá na bolha, seja ele americanófilo primário ou não. Até sou capaz de apostar que muita gente boa dos Usa vai ver o filme e gostar: serão todos anti-americanos? Se os chuis do filme agem como nazis, a culpa se calhar é dos média americanos que nos bombardeiam com cenas de polícias a sovar desalmadamente cidadâos, pretos de preferência. São americanas as imagens da tortura de prisioneiros no Iraque e Guantânamo, como americanas são as imagens de cenas chocantes na fronteira com o México. Pois é, mas os nossos críticos não esquecem Álamo, nem Pearl Harbour, nem o 11 de Setembro. Por isso eles <em>amam a</em> Rocky Balboa.</span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">Bom, com tudo isto, a gente fica mesmo sem saber se o filme é mesmo tão mau que mereça o linchamento (como se sabe uma invenção do americano Lynch, não o David) e por isso as salas onde o filme persiste continuam a registar boas audiências. Azar dos távoras. Por mim confesso que continuo a prefirir o "Amores perros", mas Babel, meus caros, está longe de ser um mau filme. A propósito, também gosto muito de "O triunfo da vontade" da Leni Riefenstahl, apesar de nazi primário e de Intolerance, apesar de americano primário, e do Couraçado Potemkine, apesar de comunista primário. E também não perceberam o que faz lá a espingarda do japonês, coitados. Não sabem que em 1853 foi o comodoro americano Perry que forçou os japoneses a abrirem os seus portos ao comércio dos usa. Azar dos távoras, que eles aprenderam bem depressa. Em resumo, continuem a ler as críticas, mas não se fiem nos críticos que utilizam argumentação primária e sectária. </span></div>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-48188246472121744322007-02-11T00:33:00.000+00:002008-12-10T23:22:09.312+00:00René Clair:Tout l'or du monde<a href="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rc5k0LqoRiI/AAAAAAAAAAY/p2NxydrhS20/s1600-h/ToutlorduMonde.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5030068681466988066" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/Rc5k0LqoRiI/AAAAAAAAAAY/p2NxydrhS20/s400/ToutlorduMonde.jpg" border="0" /></a> De um realizador completamente esquecido, que nos deixou obras como La porte des Lilas (onde o próprio Brassens canta o tema), Les belles de nuit, À nous la liberté e Paris qui dort.<br /><br />Adorava rever este filme, magistral pelo desempenho de Bourvil, um casmurro, a um tempo manhoso e ingénuo, que não vende o seu casebre por todo o oiro do mundo e obriga os engenheiros viários a rodearem-lhe a propriedadezita de viadutos. São sempre de Pirro as vitórias que o dinheiro consente, mesmo as da dignidade. Por isso os espertos lhe chamam casmurrice, burrice, etc.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-49726091726975792732007-02-06T21:13:00.000+00:002008-12-10T23:22:09.465+00:00O cinema da minha infância (1): JUNGLE JIM<a href="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/RcjwGthcn2I/AAAAAAAAAAM/9-RqooqPW1o/s1600-h/JiM+of+jungle.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5028532982048923490" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_cJm83N990Ek/RcjwGthcn2I/AAAAAAAAAAM/9-RqooqPW1o/s320/JiM+of+jungle.gif" border="0" /></a> Regresso porque senti saudades do cinema que moldou o meu imaginário; Não para pôr estrelinhas que nada acrescentam, pois quem se pode fiar nas críticas díspares/disparatadas que enxameiam os média e desorientam os que gostam de cinema? Não para falar dos filems que todos vêm ou de que todos falam.<br />Dos filmes que vou rememorar talvez alguns sejam, à luz dos padrões actuais, intragáveis. Mas esta é uma falsa questão, pois "mau hoje" sé se pode considerar o que já era mau na época. Avaliações fora de contexto só se fazem por ignorância ou má fé. Se a primeira se compreende; a segunda enoja. Adiante.<br />O acontecimento, que mobilizou toda a população da aldeia de Santa Marinha (Seia, Beira Alta) nos idos de 1953/4 (?), durou uma semana . As sessões, de mais de duas horas, eram efectuadas por projeccionistas ambulantes. E nós sentávamo-nos no chão do largo de S. João ou sobre pedras, tijolos ou mochos trazidos de casa naquelas noites longas e tórridas de Verão.<br />Não sei dizer se o filme era bom ou mau. Nunca mais o revi e não sei se seria suficientemente isento para reavaliá-lo. Sei que foi um fascínio entrar na selva excessiva misteriosa e imprevisível onde as feras humanas e animais se entredegladiavam para viver amar e sobreviver. Retenho para sempre a luta terrível em que uma gigantesca giboia constrictor surprende um tigre e a luta terrível e infindável que se segue e termina no injusto abraço da morte ao belo e imponente felino e o começo da respectiva ingestão. Ainda hoje me pergunto se seria ou não trucagem. Pelo tigre, preferia que fosse, mas pela veracidade não me pareceu. Talvez fossem os meus olhos de miúdo; talvez o olhar de então. Quem se sabe as trucagens actuais, que nos parecem agoara tão realistas, não serão olhadas daqui a uns anos como grotescas. Porém não é isso que diminui um filme. A prova é que o recente remake do King-Kong não o torna melhor que o de Coopper e Shoedesack.<br />O meu fascínio pelo cinema começou aqui.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1147900467009249872006-05-17T20:42:00.000+00:002006-05-17T21:24:31.996+00:00Fritz Lang morreu, Cristo também, este blog dá as últimas...<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/OTumuloIndio.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 97px; CURSOR: hand; HEIGHT: 152px" height="173" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/400/OTumuloIndio.jpg" width="148" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Matou.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 101px; CURSOR: hand; HEIGHT: 148px" height="172" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/400/Matou.jpg" width="155" border="0" /></a><br /><p><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/TigreDeEschnapur.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 96px; CURSOR: hand; HEIGHT: 151px; TEXT-ALIGN: center" height="177" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/400/TigreDeEschnapur.jpg" width="148" border="0" /></a><br />... e eu já não me sinto lá muito bem. Criei este blog convencido de que quem gostasse de cinema gostaria de vir aqui trocar opiniões e até colaborar. Enganei-me.</p><p>Vieram uns quantos ao princípio. Como se deixaram disso, concluo que o defeito deve ser meu, por isso, como não sou onanista, vou dedicar-me a outras cousas e casos. </p><p>Fica para a história que quem <em>Matou </em>o blog foi <em>O</em> <em>Tigre de Eschnapur</em> e que ficará se sepultado n' <em>O Túmulo Indiano</em> em boa companhia<em>.</em> <strong>Requiscat in pacem. Amen!</strong></p>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1146000307906462842006-04-25T20:46:00.000+00:002006-06-15T20:24:51.590+00:0025 Abril Itália vs Portugal<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Novecento.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" height="180" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/200/Novecento.jpg" width="240" border="0" /></a><br />Italia e Portugal, a mesma desgraça, maior a nossa, o mesmo combate.<br /><br />Para recordar este filme...avassalador, in ogni sensi, e passe o palavrão aqui fica um grito que passa também pelo filme no dia da libertação. Os fascistas eram diferentes, assim como os anos, nós tardámos mais, mas o dia e o mês foram os mesmos. A música aqui fica para recordar e não esquecer.<br /><br /><embed src="http://ignatz.alojamentos7.com/amandio/BandieraRossa.mp3" width="400" height="20" type="audio/mp3" autostart="false"></embed>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1145643232314063662006-04-21T16:06:00.000+00:002006-04-21T18:13:52.373+00:00Peckimpah nunca fez papel de índio<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Sam_peckinpah.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" height="183" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/400/Sam_peckinpah.jpg" width="238" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/wildbunch1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" height="190" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/400/wildbunch1.jpg" width="271" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Sam Peckimpah nunca fez papel de índio nos filmes dos brancos porque esteve sempre ocupado a fazer filmes sobre as maldades deles.</span><br /><span style="font-size:85%;">Deixou muitos filhos bastardos e poucos legítimos, entre estes, Sergio Leone.</span><br /><span style="font-size:85%;">Lembro-me que em tempos, a propósito de Fim de semana em Osterman, um crítico de que nem vale a pena lembrar o nome lhe chamou fascista. Terá sido certamente o mesmo que chamou a mesma coisa a Gillo Pontecorvo a propósito da Batalha de Argel sobre o comportamento dos franceses na Argélia, onde praticaram, à grande e à francesa, pois claro, as artes torcionárias já antes ensaiadas no Vietname, e que viriam depois a ensinar aos torturadores de todo o mundo. </span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Além da <strong>Quadrilha Selvagem</strong> (1969), Peckimpah realizou outros filmes memoráveis, como Major Dandee (1965), Bring me the head of Alfredo Garcia (1974), Straw Dogs (1971), <strong>Pat Garret & Billy de Kid</strong> (1973), The Convoy (1975), The Getaway (1972), Cross of Iron (1977), <strong>Ride the high country</strong> (1962) e <strong>The ballad of Cable Hogue. </strong></span><br /><strong><span style="font-size:85%;"></span></strong><br /><span style="font-size:85%;">Vem isto a propósito da recente edição em vídeo dos 4 títulos a<em> bold, </em>da qual tive conhecimento pelo <strong>Y</strong> do Público de hoje, assim como da notícia de que vai ser exibida a "2005 special edition" do "Pat Garret..." no King (dia 24, às 18h45) e Fórum Lisboa (dia 26, às 18h30).</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Só lembrar ainda que a Peckimpah devemos, entre outras coisas, a utilização de planos com imagens refratadas para obter elipses de tempo e distância, assim como da câmara ultra lenta em cenas de violência. Esta última muito-muito glosada e abusada.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Convém também estar atento ao olhar das crianças sobre os adultos, presente em muitos dos seus filmes, e do como e com quem elas aprendem, e o quê. <strong>Sam Peckimpah</strong>: para ver e viciar.</span>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1143762874667714672006-03-30T23:10:00.000+00:002006-03-31T21:48:40.060+00:00Spartucus vs Lolita<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Kubrick.5.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 120px; CURSOR: hand; HEIGHT: 165px" height="190" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/200/Kubrick.jpg" width="144" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Lolita1962.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 122px; CURSOR: hand; HEIGHT: 166px" height="202" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/Lolita1962.jpg" width="154" border="0" /></a><br /><p><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Spartacus.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 122px; CURSOR: hand; HEIGHT: 169px; TEXT-ALIGN: center" height="187" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/Spartacus.jpg" width="185" border="0" /></a><strong> <span style="font-size:78%;">Stanley Kubrick realizou filmes sobre temas muito diferentes e em todos foi mestre, mesmo em Spartacus, passem as limitações que abaixo se referem. Além de grande fotógrafo, a sua primeira actividade profissional na Look, era um realizador com conhecimento profundo de todos os aspectos de cinema: produção, cinema, encenação, montagem, fotografia, direcção de actores, argumento, etc. Sempre fez os filmes que quis e como quis mesmo tendo de sair dos USA após a realização de Lolita em 1962, país onde nunca mais regressou. Curiosamente, Spartacus foi o filme anterior a este (1960) e o único filme encomendado, pois resultou da substituição de Anthony Mann, realizador de alguns blockbusters muito badalados: Cid, Os heróis de Telemark, A queda do Império Romano e Cimarron. Por isso Kubrick não gostava muito de ter o seu nome atrelado a este comboio onde entrou já em andamento. E tinha razão. Visto a estes anos de distância, para mim, que tanto gostei dele na altura, confesso, é um pesadelo se bem que menor dos que os de Anthony Mann. A monumentalidade e o empastelamento, característicos dos blockbusters da época, não faz faz parte de nenhum dos outros filmes dele. E neste há cenas penosas sobre as quais Kubrick saltaria agilmente, pois era um director que dominava o processo narrativa como poucos.</span></strong></p><p><strong><span style="font-size:78%;">Lolita é um filme com excelentes actores, tirado de um livro em que o narrador se desfibra física e emocionalmente até à própria perdição e dos que caem na sua órbita. Um livro de Vladimir Nabokov de que Kubrick captou a alma profunda e para o qual escolheu os actotres com uma precisão mimética. Fabulosos James Mason, Shelley Winters, Sue Lion Peter Sellers. Aliás, à excepçõa de Tom Cruise de quem ele nada conseguiu, com Kubrick não havia maus actores. </span></strong></p>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1143670155418903182006-03-29T20:47:00.000+00:002006-03-29T22:18:44.216+00:00Americanos e remakes: Cat People<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/CatpeopleShrader.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/CatpeopleShrader.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/catpeople.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/catpeople.0.jpg" border="0" /></a><br />Os americanusas nunca se deram bem com <em>remakes</em>. E têm feito imensas (de: Boudu sauvée des eaux, À bout de soufle, Ossessione, Nosferatu, A guerra dos mundos, o prório Cat People que tem outra versão, de Robert Wise, e a última de que neste momento me lembro, King-Kong) sem que isso acrescentasse algo aos anteriores; antes pelo contrário. Não falo de cor ou efeitos especiais, já que isso não passa, na maioria das vezes, de pura pirotecnia.<br /><p>É o caso do filme de Paul Scharader (argumentista de créditos firmados -Raging Bull e Taxi Driver p. ex. - e que fez um excelente Mixima), centrado nos aspectos mórbidos e eróticos, acentuados por uma cor sanguinolenta, já para não falar de Natasha Kinsky. Por sua vez, Jacques Tourneur realça o elo entre a predação animal e o instinto instinto de conservação face à predação humana, aliada esta à pura maldade ou à simples arrogância da nossa espécie face ao restante reino animal, a que também pertence. A este nível, um filme infelizmente profético. E estava-se em 1942!</p><p>O preto e branco, a roçar o expressionismo alemão, é inesquecível, sobretudo na cena da piscina. Quem se lembra dessa cena no filme de Schrader? O erotismo também está lá, mas contido e na justa medida em que não subverte a ideia-força. Em vez da morbidez está lá a sordidez humana. Mas também está o amor e a amizade entre seres diferentes.</p><p>Por alguma razão, Cat People, de 1982, é até agora o seu último filme.</p><p></p><p></p>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1143157926225314712006-03-23T21:48:00.000+00:002006-03-23T23:54:29.890+00:00Casanova: para todas as idades<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/casanova.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/casanova.jpg" border="0" /></a><br /><br /><p><span style="font-size:85%;">Lasse Hallström é um rapaz sueco da minha idade, que realizou um filme giro, Chocolate, que valeu alguns prémios, bem merecidos, a Julitte Binoche. Este é um filme da mesma onda de enternimento-aventura-comédia-drama, e cumpre. Jeremy Irons, sempre soberbo, vai com certeza ganhar também alguns prémios. Acho que vale a pena ver Veneza sem japoneses amontoados na Ponte dos Suspiros, os canais sem vaporetos nem fumarada, uma largada em balão do "presunto" Casanova (Heath Ledger) com sua amada Francesca Bruni (Sienna Miller) junto à bela igreja de San Giorgio Maggiore, reconstruída por Andrea Paladio que por se fartou de construir por naquela cidade, onde as ruas são de água, e lhe deu aquele ar quinhentista. </span></p><p><span style="font-size:85%;">Claro que este Casanova, apesar de assumidamente anedótico, dá uma ideia do <em>bon vivant</em> que ele de facto foi: grande comilão, grande jogador, grande janota e, sobretudo, femeeiro insaciável. Pôs muita coisa em causa, mas só em Veneza, onde, por exemplo, não havia prisão por adultério, e não se via com bons olhos a intromissão do papado, como bem se nota no filme, poderia florescer um espírito tão livre como este. Mas Casanova também foi um grande escritor. Escreveu em francês, entre outros livros, o indispensável "<em>Histoire de ma vie</em>". Nasceu em 1725 e morreu em 1792, aos 67 anos. Preso várias vezes uma delas numa fuga descarada, à luz do dia, dos <em>piombi</em> (a prisão sob os telhados de chumbo do Palácio dos Dodges). Proscrito de Veneza, viveu boa parte da sua vida em Paris, inclusive durante o período da Revolução Francesa. </span></p><p><span style="font-size:85%;">Aqui ficam alguns dos seus aforismos:<br />«</span><a href="http://aforismi.meglio.it/aforisma.htm?id=1c22"><span style="font-size:85%;color:#000000;">La sofferenza è insita nella natura umana; ma non soffriamo mai, o almeno molto di rado, senza nutrire la speranza della guarigione; e la speranza è un piacere.</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">»<br />«</span><a href="http://aforismi.meglio.it/aforisma.htm?id=1c23"><span style="font-size:85%;color:#000000;">Quando si è innamorati, basta un niente per essere ridotti alla disperazione o per toccare il cielo con un dito.</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">»<br />«</span><a href="http://aforismi.meglio.it/aforisma.htm?id=22bd"><span style="font-size:85%;color:#000000;">Le donne sono come le ciliegie: una tira l'altra.</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">»<br />«</span><a href="http://aforismi.meglio.it/aforisma.htm?id=1c24"><span style="font-size:85%;color:#000000;">Il tiro peggiore che la fortuna possa giocare ad un uomo di spirito è metterlo alle dipendenze di uno sciocco.</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">»<br />«</span><a href="http://aforismi.meglio.it/aforisma.htm?id=22be"><span style="font-size:85%;color:#000000;">Lo stupido è uno sciocco che non parla, e in questo è più sopportabile dello sciocco che parla.</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">»<br />«</span><a href="http://aforismi.meglio.it/aforisma.htm?id=22bf"><span style="font-size:85%;color:#000000;">So di aver vissuto perchè ho avuto delle sensazioni.</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">»</span></p><p><span style="font-size:85%;">Estrelas?<span style="color:#000099;"> ** </span><span style="color:#000000;">(...grandes: Uma por Veneza, outra por Giacomo Casanova)</span></span></p><p></p>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1142905922766658922006-03-21T00:48:00.000+00:002006-03-21T16:02:01.280+00:00"O Fiel Jardineiro" e as ervas daninhas<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/TheConstantGardener.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/TheConstantGardener.jpg" border="0" /></a> Finalmente fui ver O Fiel Jardineiro, de Fernando Meireles, porque gostei muito de A Cidade de Deus e também quis confirmar se não tinha sido obra do acaso. O que eu senti no filme, e comentei logo à saída, é que está lá o grande realizador do filme de 2004, mas... que havia coisas ali - uma certa lamechice na relação entre Justin (Ralph Fienes) e Tessa (Rachel Weisz), de que são exemplo as aparições românticas ao viuvo do fantasma da falecida, por exemplo - que não confirmavam a secura, o realismo impiedoso, e até o humor do outro filme. Está lá a mestria, a agilidade, a segurança e a imprevisibilidade dos movimentos de câmara, para mim o que ele faz melhor, e que regressam felizmente nas cenas de África. Enfim, pareceu-me haver um espartilhamento qualquer do realizador, que acaba por tornar o filme estilisticamente desiquilibrado.<br /><br />Que as minhas suspeitas não eram infundadas, aqui está a confirmação, pela própria boca do realizador, numa das respostas a uma entrevista a Kleber Mendonça Filho, em 15 de Maio de 2005.<br /><br />"KMF - Você acha que chegou a contrabandear uma história de amor para dentro do thriller que queriam que você fizesse?<br /><br />Fernando Meireles: A verdade é que eu não me interesso por thrillers, não era minha intenção fazer um "filme de gênero". O que me atraiu, foram três coisas: filmar na África, que achei bacana, a questão da indústria farmacêutica, tema que acompanho desde o José Serra, e a própria história de amor, que achei bonita. E o filme ficava entre as três coisas, ação, política e romance. Quando montei a primeira versão (com três horas) e via os caras das ONGs falando, ou cenas de perseguição, minha vontade era voltar pra aquele cara que estava sofrendo, e queria ver aonde ele estava indo e o que ele faria. Fui tirando, e, no fim, não foi o filme que planejamos, nem o filme que eu planejei, virando, de fato, uma história de amor. A própria Focus (distribuidora) nos EUA sentiu isso e vendeu o filme, inicialmente, como um filme sobre o amor. "<br /><br />Que nos reservará Fernando Meireles para o "Intolerância 2", <em>sequela </em>de de Grifith e seu próximo filme?<br /><br />Estrellas? <span style="font-size:130%;color:#330099;"><strong>***</strong></span> (pelas cenas de África)Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1142557585336044412006-03-17T00:51:00.000+00:002006-03-18T21:58:25.736+00:00Good night, and good luck!<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/TheFront.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 94px; CURSOR: hand; HEIGHT: 170px" height="175" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/400/TheFront.jpg" width="100" border="0" /></a> <a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Good_Night_And_Good_Luck.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/Good_Night_And_Good_Luck.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Gostei muito deste filme do George Clooney e fiquei a perceber porque não ganhou qualquer óscar, o que até o recomenda, mas não recomenda a academia.<br />O filme mexe no macartismo e na sombra que ele projectou de tal modo sobre a América e Hollywwood nos anos 50 e que ainda não se desvaneceu, nem lá perto. Raríssimos são os que ainda hoje são capazes de se assumirem abertamente como socialistas e quase inexistentes os que ousam confessar-se comunistas. E muito menos os que são capazes de premiar uma interpretação, NOTÁVEL, de David Strathairn. Sem menosprezo pelo excelente trabalho de Seymour Hoffman em Capote, a personagem de Edward Murrow diz muito mais, tanto pelo que diz como pelo que cala. E sempre com a câmara em cima, como todas as personagens. Porque é um filme sobre o medo. Sobre uma sociedade onde se instituiu o medo e se espalha pelo mundo, como o Polansky ia fazer com o vampirismo, em "Por favor não me morda o pescoço", quando no final foge com a namorada e o velhote, ambos já infectados. Note-se que a HUAC/ISC (Comissão de actividades anti-americanas) só foi (terá sido?) oficialmente extinta em 1975. As figuras públicas, nomeadamente actores, que se manifestam contra a guerra do Iraque </span><span style="font-size:85%;">são vítimas, ainda hoje, dessa mentalidade: "Deploramos a idéia de que pessoas conhecidas publicamente devam sofrer profissionalmente por ter a coragem de expressar suas posições. Nem mesmo o menor indício de lista negra pode ser tolerado novamente neste país", disse o SAG (Screen Actors Guild) em comunicado à imprensa em 2003.</span><br /><span style="font-size:85%;">A referência ao The Front (poster) é porque se trata de um filme de Martin Ritt, onde Woody Allen faz de testa de ferro de argumentistas proscritos. Um filme onde um dos "perseguidos" é precisamente Zero Mostel, que também esteve na lista negra.</span><br /><span style="font-size:85%;">Mas não é o aspecto político que faz um filme bom ou mau. É a sobriedade e a segurança dos autores, o ritmo contido das interpretações a dar a desmesura do medo. Os diálogos são q.b. e a câmara denuncia nos gestos mais gestos mais banais, como acender inusitadamente o isqueiro a um colega e amigo, um sinal de medo, traição ou mentira. É um filme à pele, em espaço fechado, com as pessoas cara a cara, bem próximas da camâra. Murrow em momentos chave é filmado em contrapicado, talvez numa homenagem ao Wells do Mundo a seus pés, os pés que neste caso pareciam fugir debaixo dos pés de Murrow. A prova de que é um filme intenso, pelo menos eu senti-o assim, é que quando terminou pareceu-me tratar-se de uma curta metragem. E no entanto tinha passado hora e meia!</span><br /><span style="font-size:85%;">Estrela? <span style="color:#333399;"><strong>****</strong> (Pela coragem, pela qualidade e pelo argumento, pela diracção de actores, fotografia. Enfim, por tudo)</span></span></span>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1142463311818808382006-03-15T22:18:00.000+00:002006-03-17T00:45:20.140+00:00AO PANTUFA, AMIGO E COMPANHEIRO FIEL DOS BONS E MAUS DIAS<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/images.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/images.jpg" border="0" /></a> O coração do Pantufa parou de bater no dia 9 de Março, cerca das 17h00. Deixou-nos este grande e dedicado amigo, companheiro de 12 anos. Doze anos de ronrons, de roçar e trepar pelas pernas, de olhos azuis de porcelana, ora interrogadores, ora zangados, ora enlevados, ora turvos de ciume do mano persa Sansão, ora baixos de sono ou de vergonha por alguma maldade, ora feito um novelo, ora eriçado, ora refastelado no sofá, ora aos pés da cama a aquecer os pés ou a pisar ovos, sempre do lado da dona muito amada. Temperamental, sem medo de bicho ou de pessoa. Numa noite de vagabundagem enfrentou, à porta de casa, um buldogue, que bem ladrou, mas não lhe tocou.<br />Trouxe-o Pedro para a mãe, era ele ainda bébé, um outro bébé. Deixou-nos muitas saudades, a todos, um vazio que só quem perdeu bichos é capaz de compreender. Deixou-nos ainda alguns arranhões, a mim uma cicatriz de 5 centímetros na palma da minha mão direita e imensas saudades. Como todos aqueles que amamos, viverá enquento vivermos. Até um dia destes, Pantufa.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1142187756164451312006-03-12T17:34:00.000+00:002006-03-16T00:43:07.450+00:00SYRIANA: This is not America!<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/UncleSam.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/200/UncleSam.jpg" border="0" /></a><br />"<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Syriana.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/Syriana.jpg" border="0" /></a> Atenção, States! Está na altura de iniciarmos uma nova caça às Bruxas. Uma democracia como a nossa não pode consentir que argumentistas e realizadores como Stephen Gahan, actores como Clooney (ainda por cima co-produtor), Jeffrey Wright ou Christoffer Plummer participem em coisas deste jaez. Matt Damon, vá lá, ainda mostra que há americanos bonzinhos, mas o resto daquela escumalha só lá estão para enxovalhar.<br />Já se sabe que os inimigos da liberdade nunca desistiram de minar os alicerces de Hollywood, às vezes até nos filmes mais e inocentes e aprentemente, só aparentemente, pró-americanos. Fica o aviso: <strong>Uncle Sam is watching You!</strong>"<br /><em>Ouvido</em> isto, digo que o caos aparente do filme é menos caótico do que parece. Aqui, se calhar como em Munique, que ainda não vi, tudo converge para amalgamar maus e bons na busca de más soluções. Fica claro que os terrorismo<strong>s </strong>são devidos, de um lado, à avidez das fontes das matérias primas (<em>it's allways the same old story</em>); do outro, à luta desesperada e sem saída das "bestas inumanas" a quem Deus deu tais riquezas.<br />À parte o <em>intermezzo</em> Matt Damon, que parece mais para Hollywwod engolir (pois nada acrescenta ao filme: se é só para dizer que o filho do Emir é bonzinho, não havia necessidade) o filme está bem esgalhado. É um puzzle de cenas curtas (grande montagem), ao jeito impressionista, invulgar para as bandas de Los Angeles. Por isso mesmo tem causado alguma azia em tantas más consciências.<br />Estrelas? <span style="color:#000099;"><strong>****</strong> </span><span style="color:#330033;">(3 pelo filme, uma pela provocação)</span>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1142183381677281022006-03-12T16:32:00.000+00:002006-03-16T00:43:34.543+00:00A CORDA: les mots et les choses<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/Rope.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/Rope.jpg" border="0" /></a><br />Um explêndido Hitchcock, todo filmado em huit-clos. A ver e a rever, não só pelas interpretações, incluindo a de James Stewart, como pelo tratamento da luz e da côr, pelo que diz e pelo que significa. A acção decorre ao longo de um único dia. Do paralelo entre o crescendo do suspense e o aproximar da noite resulta uma fusão orgânica total onde tudo se amalgama. Bem se sabe como Hitch considerava, talvez na senda do experimentalismo de Kulechov, os actores como adereços, mas a verdade é que com ele não há más interpretações: nem under nem <em>overacting</em>.<br />É também, além de um policial cínico e impiedoso, uma parábola assustadora sobre o poder da palavra. O filme é de 1948, e os clarins do macartismo, que iriam soar apartir de 1950, já estavam a ser preparados e oleados.<br /><br />Aqui fica, para todos os mexem descuidadamente com as palavras, e também para todos os que amam o cinema e cuidam das palavras.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1141853714643792852006-03-08T20:45:00.000+00:002006-03-16T00:43:57.026+00:00Esta noite na RTP1: O Interstício<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/toda_nudez_sera_castigada.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/toda_nudez_sera_castigada.0.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/eduardopcoelho.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 96px; CURSOR: hand; HEIGHT: 153px" height="111" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/eduardopcoelho.0.jpg" width="80" border="0" /></a><br />Numa crise de masoquismo imprevista, dei por mim a comtemplar o Fio do Horizonte, de onde recolhi esta pérola preciosa:<em><strong> A legitimidade cultural é um espaço intersticial entre o espaço das posições sociais e o espaço dos gostos</strong></em>. Trata-se de uma citação de EPC, dos Erics Macé e Maigret, autores de "Pensar as Médias Culturas".<br />De facto, só mesmo o nosso Maigret cultural, para descobrir uma destas.<br />Por acaso e coincidência, descobri, umas quantas páginas à frente, que esta noite, às 12h3o (mais hora, nenos hora), vamos ter na RT1 <strong>"Toda a nudez será serrá castigada", </strong>do brasileiro Arnaldo Jabor".<br />Não vi o filme, nem sei se chegou mesmo a passar em Portugal. Mas foi um filme de que sempre li e ouvi coisas boas, que ganhou o Urso de Prata do Festival de Berlim de 1973, e tem música de Piazzola.<br />É um interstício apenas, mas pode conferir, a quem o vir, alguma legitimidade cultural. Não vou vê-lo por isso, mas, já agora, também não estou para andar fora de lei, pois tenho a pena de um mês sem carta de condução suspensa por seis meses. Até lá...Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1141592317282130972006-03-05T20:48:00.000+00:002006-03-16T00:44:30.386+00:00Descubra as diferenças<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/MrChance.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 136px; CURSOR: hand; HEIGHT: 172px" height="218" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/MrChance.jpg" width="155" border="0" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/BusHAbobora.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 215px; CURSOR: hand; HEIGHT: 173px" height="218" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/BusHAbobora.jpg" width="284" border="0" /></a> Em 1979 Hal Ashby realizou uma soberba comédia, em que Peter Sellers protagoniza um idiota que os média levam ao colo até à presidência dos USA. Vejam ou revejam o filme, talvez exista nos videoclubes, e descubram as diferenças.Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1141421997319555692006-03-03T21:34:00.000+00:002006-03-16T00:45:03.346+00:00Contra as Coisas Ruins<embed src="http://ignatz.alojamentos7.com/amandio/ZAfonsoParedesLGoes_CoroCaidos.mp3" width="300" height="20" type="audio/mpeg" autostart="false"></embed>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22399899.post-1141343486124300562006-03-02T23:10:00.000+00:002006-03-16T00:45:27.716+00:00COISA RUIM ou má?<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/1600/coisaRuim.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4559/2277/320/coisaRuim.jpg" border="0" /></a><br />Por devoção e obrigação, lá fui ver mais um filme português, bem estrelado, como manda a patrioteira crítica. Para ajudar o cinema português, pois claro, Paulo Branco apostou no terror rural, como chave para o sucesso. Se a intenção é angariar carcanhol para produzir filmes de qualidade, tudo bem. John Huston , Orson Wells e outros com mais pergaminhos também fizeram fretes para poderem continuar a fazer o seu cinema.<br /><br />Vão ver, se querem emoções arrepiantes. Estão lá os ingredientes todos: ambiente soturno, rural, pedregoso e alcantilado. Um casarão de meter medo, um padre modernaço e outro velhote e exorcista. Há barulhos inexplicáveis, caras a espreitarem às janelas, cortejos fúnebres a passar pelo cruzamento dos enforcados, olhares desconfiados dos aldeões, citadinos cépticos e arrogantes a abater, exorcismos, sessões espíritas, aparições de injustiçados, ódios ancestrais, incarnações, morte, licantropia, ufa! Nem o Kubrick conseguiu meter tanta coisa no Shinning. Muito menos o Corman. Para meter tudo, teve de fazer imensos filmes.<br /><br />Portanto, tragam-nos o Roger Corman de volta: O fosso e o pêndulo, Berenice, O Terror, O Corvo, A lojinha dos horrores, A máscara da morte vermelha, a grande maioria deles com o inesquecível Vincent Price.<br /><br />Os actores fazem o que podem e o realizador também. A encomenda era aquela, e tá no ir, que há que pagar ao padeiro. E pensar eu que "A Costa dos Múrmúrios", depois de uma estreia em cheio, foi ignorado pelo grande público.<br /><br />Tragam-me a Margarida Cardoso de volta, já!<br /><br />Hoje não há estrelas. As núvens esconderam-nas.<br /><br /><a href="http://www.coisaruim.com/">http://www.coisaruim.com/</a>Amandio Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/15202290716478873540noreply@blogger.com0