

Fernando Fernán Gomez, que já conhecia de outros filmes, encarna o Capitão Blay até à medula. O velho anarquista que sai do esconderijo pela porta do armário, vai para a rua de roupão e cabeça enfaixada, mija às claras e sem pressa na rua e compra o jornal franquista só pelo prazer de queimá-lo, terá doravante para mim, sempre o nome de Fernando Fernán Gomez. E um filme onde a realidade e o sonho/desejo se canibalizam sem se destruírem pois só assim sobrevivem, é um filme sobre crescimento, morte, persistência e ausência, chegadas e partidas de um lugar real para lugares míticos. E um filme que nos remexe por dentro como se remexe a massa do pão na maceira. E inesquecível.
Nesta entrevista com Fernando Fernán Gomez, que poderão ler no site aqui vos deixo, pode perceber-se como o actor conseguiu o milagre da cozedura preparada por Fernando Trueba.
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